Revista Ônibus vence Prêmio CNT de Jornalismo 2024 na categoria Comunicação Setorial

19/12/2024 |

Matéria de capa da edição 123 é assinada pela jornalista Tânia Mara Leite e foi baseada em pesquisa da Coppe/UFRJ

Matéria sobre mudanças nos hábitos de deslocamento na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, da edição 123 da Revista Ônibus, publicação institucional da Semove, foi a vencedora do Prêmio CNT de Jornalismo, na categoria Comunicação Setorial (voltada a entidades representativas do setor de transporte). A reportagem, da jornalista Tânia Mara Gouveia Leite, teve como base uma pesquisa realizada pela Coppe/UFRJ e falou sobre os desafios e as responsabilidades da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil para a promoção de um transporte público mais sustentável no estado do Rio.

“O comportamento das pes­soas em seus deslocamentos vem sofrendo mudanças, com o avanço da tecnologia e o consequente aumento das atividades on-line, além de questões como a distribuição da rede e a entrada no mercado dos aplicativos de transporte. Considero muito importante entender essas mudanças, pois isso vai permitir que o poder público e os operadores possam fazer as adequações necessárias para que a população possa contar com uma mobilidade mais eficiente, capaz de atender a essa nova realidade. A pesquisa da Coppe/UFRJ vem aprofundar essa questão, relativamente à Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o que considero uma grande contribuição para todo o Estado, e fico feliz pela matéria ter alcançado essa importante premiação, dando mais visibilidade à pesquisa”, afirma Tânia Mara.

O Prêmio destaca conteúdos jornalísticos com pautas relacionadas ao setor de transporte e logística e é realizado anualmente, sendo dividido em sete categorias, além do Grande Prêmio: Áudio (para matérias de rádio e podcasts); Fotojornalismo; Impresso; Internet; Meio Ambiente e Transporte; Vídeo (para reportagens e documentários veiculados na TV e em plataformas de streaming); e Comunicação Setorial (para trabalhos jornalísticos das entidades representativas do setor de transporte – federações, sindicatos e associações), esta última instituída no ano passado e, consequentemente, iniciada este ano. Os trabalhos inscritos foram publicados entre 8 de agosto de 2023 e 5 de agosto de 2024.

“Recebemos com muito entusiasmo e muita honra a notícia de que nossa publicação conquistou esse prêmio, que é referência no cenário do transporte brasileiro e que já está em sua 31a edição, o que confirma sua importância e credibilidade. A Revista Ônibus está completando 25 anos, com o propósito de contribuir para o posicionamento da nossa entidade frente aos temas regionais e nacionais da mobilidade urbana. Ao ganhar esse prêmio, nosso sentimento é o de que estamos no caminho certo da comunicação e conseguindo alcançar esse objetivo”, afirmou Armando Guerra, presidente-executivo da Semove.

 

Os demais vencedores

O Grande Prêmio foi para a série “O tempo de cada um”, do jornalista Chico Regueira, da TV Globo. O especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social, principalmente de negros e pobres, e funciona como uma barreira de acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia que têm o exercício da cidadania dificultado.

Na categoria Áudio, o vencedor é o jornalista Rafael Campos, do Metrópoles, com o podcast “As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade ao RS”. A imagem vencedora da categoria Fotojornalismo é “Avião nas inundações devido a chuvas fortes no Rio Grande do Sul”, do profissional Adriano Henrique Machado, da Reuters. No Impresso, a matéria melhor avaliada foi “Rodovias que perdoam: quando as estradas salvam vidas”, de Roberta Soares, do Jornal do Commercio. O vencedor da categoria Meio Ambiente e Transporte foi o trabalho “Desafios do transporte para a mobilidade sustentável”, da jornalista Giovana Ferreira, do R7. Em Internet, o prêmio ficou para o especial “O outro lado do paraíso”, de Jade Abreu, do Metrópoles. E na categoria Vídeo, foi para a reportagem do Fantástico, da TV Globo, “Aeroporto virou porto – águas invadem e fecham o Salgado Filho”, de Pedro Rockenbach.

As reportagens e fotografias inscritas foram validadas pela Comissão Organizadora; analisadas, inicialmente, por um grupo fixo de pré-selecionadores, formado por cinco jornalistas com atuação acadêmica; e, por fim, avaliadas por um corpo de jurados formado por jornalistas de renome e um especialista em transporte. Integraram essa comissão julgadora: Alex Capella, secretário especial de imprensa da Presidência do Senado Federal; Roberto Munhoz, diretor de Jornalismo da TV Record; Samira de Castro, presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas); Thiago Bronzatto, diretor da sucursal de Brasília do jornal O Globo; e Andrea Santos, especialista em Transporte e codiretora do Hub da UCCRN (Urban Climate Change Research Network) para a América Latina. A avaliação se baseou nos seguintes critérios: relevância para o setor de transporte, para o transportador e para a sociedade; qualidade editorial; criatividade/originalidade; e atualidade dos temas.

A entrega da premiação foi no dia 4 de dezembro, em Brasília. Os vencedores em cada categoria receberam R$ 35 mil. Já o Grande Prêmio foi no valor de R$ 60 mil.

O jornalista Dimmi Amora, da Agência Infra, vencedor em outras duas edições, recebeu homenagem especial e afirmou que “mostrar a realidade do setor pode ser um pouco duro, às vezes, mas é o que nos faz refletir e caminhar para a frente, e o transporte tem colaborado para isso”.

 

Confira os trabalhos vencedores:

Grande Prêmio

O tempo de cada um
Chico Regueira – TV Globo
Essa série especial mostra como o transporte de baixa qualidade contribui para a exclusão social e bloqueia o acesso a oportunidades de trabalho e estudo para cidadãos da periferia, que têm o exercício da cidadania dificultado.

 

Comunicação Setorial (voltada a entidades representativas do setor de transporte)

Mudanças nos hábitos de deslocamento
Tânia Mara Gouveia Leite – Revista Ônibus
(Semove / Federação das Empresas de
Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro)
A reportagem buscou entender os desafios e as responsabilidades da iniciativa privada, do poder público e da sociedade civil para a promoção de um transporte público mais sustentável no Rio de ­Janeiro.

 

Áudio (para matérias de rádio e podcasts)

As histórias de quem levou, por terra, ar e rios, a solidariedade do Brasil ao RS
Rafael Campos – Metrópoles
O podcast Levando Esperança, do Metrópoles, conta histórias de brasileiros que não hesitaram em doar e se doar para os gaúchos depois da tragédia.

 

Fotojornalismo

Avião nas inundações devido a chuvas fortes no Rio Grande do Sul
Adriano Henrique Machado – Reuters
Com as chuvas, o Aeroporto Salgado Filho foi completamente inundado, interrompendo as operações; aeronaves ficaram na água.

 

Impresso

Rodovias que perdoam:
quando as estradas salvam vidas
Roberta Soares – Jornal do Commercio
A reportagem aborda o conceito de rodovias que perdoam, mostrando, com exemplos e dados, que elas podem salvar vidas na prática.

 

Internet

O outro lado do paraíso
Jade Abreu – Metrópoles
O Metrópoles percorreu 1.411 km para contar histórias de crianças que percorrem 200 km para chegarem à escola; há relatos de gestantes que deram à luz sem auxílio médico, porque estavam longe para serem atendidas.

 

Meio Ambiente e Transporte

Desafios do transporte para a mobilidade
sustentável
Giovana Lopes Cardoso Ferreira, do R7
Em meio à corrida para a transição energética, o Brasil tenta aumentar o uso de fontes renováveis no setor de transporte, que foi responsável por 33% do consumo de energia do país em 2023, desbancando a indústria.

 

Vídeo

Aeroporto virou porto – águas invadem
e fecham o Salgado Filho
Pedro Rockenbach, da TV Globo
O Fantástico entrou, com exclusividade, no terminal alagado do Aeroporto Salgado Filho e mostrou a situação do local.

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